A ORIGEM DO NOME_____________________________________________________________________________
Os primeiros habitantes do lugar pertenciam a uma
família cujo sobrenome denominava "Nóia", e lá abundavam pequenas árvores
que dão um fruto, o “Coité”.
Árvore
perene de porte médio de até 12 metros de altura com ramos longos, pendentes e
cobertos por folhas em toda a sua extensão. As folhas são simples, inteiras,
alongadas, de diversos tamanhos, cor verde-escura e brilhante.
Não
forma uma copa frondosa. As flores são relativamente grandes, hermafroditas
(têm os dois sexos na mesma flor), formadas ao longo do tronco e ramos de cor
branco-amarelada. Os frutos são ovoides ou arredondados, cor verde-clara, com
15 a 30 centímetros de diâmetro.
As
cascas dos frutos tornam-se marrom-negros quando maduros e bem duros. A polpa é
amarelada e contém muitas sementes. A planta se desenvolve e frutifica bem em
condições de temperatura quente a amena, não tolera regiões frias sujeitas à
geada.
A
propagação é feita principalmente por sementes e pode ser feita também por
enraizamento de estacas. A planta tem um lento crescimento, mas após alguns
anos produz vários frutos grandes arredondados que despertam curiosidades.
A
planta é adequada para plantio em parques e jardins, pelo exotismo de seus
frutos gigantes, semelhantes à melancia, no tronco e nos ramos. As sementes
podem ser consumidas, se cozidas ou torradas.
A
polpa pode ser usada no preparo de xarope. Os frutos, depois da retirada da
polpa e secos, podem ser usados como recipientes domésticos, chocalhos, cuias
para beber água, medir farinha, pratos e colheres rústicos.
Na época de sua
frutificação a quantidade de frutos é tão grande que os seus galhos vergam ao
peso dos mesmos. Há uma lenda popular de que, amarrando-se pedras nas pontas
dos galhos, a frutificação ainda é maior.
Esta planta, que contém propriedades
terapêuticas, também é considerada venenosa, pois, contém ácido cianídrico.
Todavia, o decocto e o extraio da casca são muito eficazes para a cura da
enterite membranosa e das hidropisias; o suco já foi muito empregado na Medicina
caseira como antiespasmódico e antitetânico e é nocivo aos suínos; a polpa do
fruto ainda verde, embora amarga e até mesmo corrosiva, é eficiente contra a
hidrocele, sendo ainda que, reduzida à calda açucarada, torna-se um remédio
febrífugo, purgativo e expectorante, muito útil contra a clorose e as doenças
que afetam as vias respiratórias.
Nos primórdios da colonização, as pessoas colhiam os frutos na propriedade dos Nóia, popularizando assim a localidade com tal denominação. "Coité do Nóia".
Nome Científico: Crescentia
Cujete.
Nome Popular: cuité, coité,
cabaceira, cuieira.
Família: Bignoniáceas.
Ciclo de Vida: Perene.
Época de Floração: Verão,
Inverno, Primavera.
Propagação: Sementes.
Mes(es) da Propagação: Verão.
Persistência das folhas: Permanente.
HISTÓRIA_____________________________________________________________________________________
A colonização das terras do atual
município de Coité do Nóia associa-se à história de Limoeiro de Anadia e
Arapiraca. A família Nóia, pioneira daquela região, era proprietária das
primeiras quatro casas que lá existiam, pelos idos de 1880, conforme depoimento
do mais antigo morador da cidade. Manoel Jô da Costa, oriundo de Limoeiro de
Anadia, fixou-se naquela área pouco tempo depois, dedicando-se à agricultura e
à atividade pastoril. O local ligava-se a Limoeiro de Anadia e a Arapiraca por
diversas veredas pequenas. Em razão da enorme quantidade daquelas árvores, o
núcleo que começava a se formar recebeu o nome de Coité.
Por volta de 1922, na divisão
administrativa do Estado de Alagoas, consta como um lugarejo pertencente ao
município de Limoeiro de Anadia. Segundo a obra “Terra das Alagoas”, de
Adalberto Marroquim, naquela época existia em Coité uma escola pública mantida
pelo Estado.
Com o passar do tempo e a chegada de
famílias procedentes de outros municípios, a comunidade foi aumentando. Desse
modo, Manoel Marques, de Pernambuco, Manoel Cazuza, de Arapiraca, bem como as
famílias Bernardino e Virgem, juntaram-se aos primeiros moradores do lugarejo
que tomou forma de povoado. Um intercâmbio maior entre o povoado e as cidades
vizinhas, proporcionado pela abertura de novas estradas, contribuiu
decisivamente para que Coité do Nóia passasse a ocupar lugar de destaque na
região. Tal fato determinou a sua elevação à categoria de município autônomo,
através da Lei nº 2.616, datada de 21 de agosto de 1963. Desmembrado de
Limoeiro de Anadia, teve sua instalação oficial em 24 de setembro de 1963.
Eclesiasticamente, Coité do Nóia
pertence à jurisdição da Diocese de Penedo. A Paróquia, cujo padroeiro é São
Benedito, foi fundada por Dom Valério Breda, ordinário diocesano, dentro das
comemorações alusivas aos 90 anos de criação da referida diocese. O seu
primeiro pároco é o padre Ronaldo Vitalino, natural do povoado Barreiras, no
município do Coruripe. Na atual divisão eclesiástica da Sé sanfranciscana, a
freguesia está integrada ao Vicariato de Limoeiro de Anadia.
Coité do Noia é uma cidade pacata do interior de Alagoas.
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Peneiras de Bambu |
A cultura é demonstrada através de pinturas manuais, doces que são vendidos para as cidades vizinhas e para a capital Maceió. Também são produzidas peneiras de bambu que são vendidas para outros estados, além de colchas de retalhos bem criativas que também são vendidas para outros estados.
Outra marca forte na cultura de Coité do Nóia é a realização das festividades juninas, que atrai milhares de pessoas de outros municípios, para prestigiar apresentações de quadrilhas juninas e shows de forró com artistas da terra e de outros estados.
Colcha com pintura manual |
A festa do padroeiro, São Benedito é realizada no mês de Agosto, com inicio do novenário no dia 06 e encerrando no dia 15.
A emancipação política do município de Coité do Nóia, acontece no mês de setembro dia 21, com desfile cívico e apresentações musicais.
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